segunda-feira, 25 de julho de 2011

Guia rápido de assemblearismo

[este documento é essencialmente uma compilação que na grande maioria foi retirado das fontes indicadas no final. pretende ser conciso e directo e está em construção]

Pretende-se fazer aqui uma divulgação das técnicas que facilitam o decorrer eficiente e satisfatório deste tipo de obras colectivas: as assembleias. A falta de referências organizativas resultam quase sempre em reuniões longas e improdutivas, em formas anti-democráticas de actuar, em confrontos pessoais cheios de retórica inútil e em manipulação por líderes ou indivíduos carismáticos. É necessária a aquisição de certos conhecimentos sobre técnicas de assemblearismo, mas é também necessária uma atitude cooperativa e de compromisso por parte das participantes em relação à assembleia. As participantes podem ter pontos de vista muito diferentes, mas devem estar abertas para o debate e para a concertação de opiniões, com um sentimento de confiança mútua.
A assembleia deve basear-se na livre associação, ou seja, quem não está de acordo com o que é decidido não deve ser obrigado a fazê-lo. Todas as pessoas devem ser livres de seguir o seu próprio caminho. A assembleia visa gerar inteligência colectiva, linhas comuns de pensamento e de acção.

1. Preparação

1.1 Definir que tipo de assembleia vai ser, conforme o objectivo a que se propõe
  • Informação - as participantes expõem informações de interesse comum. Não há debate.
  • Reflexão - trata-se de pensar conjuntamente um tema, uma situação, uma problemática. Há um debate mas não há necessidade de chegar a uma decisão.
  • Decisão - pode haver troca de informação seguida de debate para depois se chegar a uma resolução comum.
1.2 Definir a ordem de trabalhos
É importante preparar antecipadamente a ordem de trabalhos de forma a que as presentes saibam com antecedência os assuntos a serem tratados e para que as decisões tomadas sejam as correctas.

1.3 Trabalho prévio de pesquisa
Para desenvolver os assuntos pode-se:
  • Preparar documentos com a informação de fundo e distribuí-los pelas participantes.
  • Organizar consultas e entrevistas com especialistas nos tópicos.
  • Divulgar os documentos e materiais necessários para a reunião.
  • Fazer grupos de trabalho antes das reuniões para discutir os problemas e alternativas.
  • Traduzir relatórios, textos e informação complicada para a linguagem que todas compreendam.
1.4 Convocatória
A convocatória deve de ser feita com antecedência, e deve incluir a ordem de trabalhos, o local, a hora, a duração e que tarefas são necessárias fazer para preparar a reunião. Também pode ser definido o universo de pessoas a quem se dirige a convocatória (assembleia de grupos de trabalho que é apenas dirigida aos membros do grupo, assembleia de bairro que é dirigida às habitantes do bairro, etc.)
Idealmente, para cada ponto da ordem de trabalhos será especificado o objectivo e procedimento utilizado, assim como a estimativa do tempo a utilizar.


2. Modo de funcionamento

2.1 Método de decisão
Qualquer que seja o método de decisão escolhido é preciso ter em mente que a parte mais importante do processo é a do debate e de comunicação entre as pessoas. No final, quer a decisão seja conseguida através do voto ou através de um processo de consensualização, a forma como se fez esse percurso é que vai determinar a verdade e a legitimidade dessa decisão.
Implica:
  • Ter muito claro o objectivo a atingir.
  • Ter consciência de que o colectivo se constrói a partir das contribuições e saberes de cada individuo, pelo que é necessário escutar e respeitar as diversas opiniões.
  • Compreender que este processo só pode existir com a participação activa do maior número possível de pessoas.
  • Saber que é um processo que precisa de tempo.
Formas de chegar a uma decisão:
  • Maioria simples - votação no final da discussão
  • Maioria qualificada (por ex. 2/3) - votação no final da discussão
  • Consenso - consegue-se o consenso quando não há nenhum argumento rotundamente contra a proposta apresentada. A consensualização não é a elaboração de uma proposta que inclua todas as opiniões em debate, ou uma síntese entre elas, mas um processo de aproximação de posições até à construção da melhor opção para o objectivo comum.
2.2 Moderação
Pessoa ou pessoas que ficam encarregues dos aspectos organizacionais da assembleia. Têm uma intervenção acerca da forma e não do conteúdo da discussão. A moderação não consiste em liderar ou dirigir, mas numa responsabilidade em ajudar o grupo a atingir os seus objectivos.
Nota: uma pessoa com um grande interesse no assunto em discussão pode ver prejudicada a sua tarefa de moderação.
Nota: a função de moderação deve ser rotativa, mesmo durante a assembleia caso haja necessidade disso, por exemplo, com o aumento de tensão entre as presentes.

Sugestões para a moderadora:
• Dar as boas-vindas às presentes.
• Informar da natureza e funcionamento da assembleia.
• No início da assembleia convidar a falar pessoas que advogam um ponto de vista e depois outras com um ponto de vista oposto.
• Encorajar todas a expressarem a sua opinião.
• Cortar diálogos contínuos ou a repetição de argumentos.
• Pedir às pessoas que falem por elas próprias e a dirigirem-se explicitamente a quem estão a contra-argumentar.
• Encontrar os pontos de acordo, listá-los e devolvê-los ao grupo. Sintetização.
• Há tarefas que podem ser partilhadas com outra pessoa da mesa, como por exemplo a mudança de palavra, mas preferencialmente ficando sujeito ao que a moderadora diz.
• Estar atento ao tempo restante e lembrar à assembleia. Se houver pouco, limitar o tempo das intervenções.
• Moderar de forma positiva e conciliadora as possíveis divergências sem posicionar-se por nenhuma delas
• Recapitular brevemente as intervenções após as rondas de debate ou as intervenções que o requeiram

2.3 Registo em actas
As actas servem para assegurar o compromisso, para dar a conhecer o que foi tratado e para lembrar o que foi tratado e decidido.
Deve ser eleito uma secretária para esta função que não deverá coincidir com outras tarefas como a de moderação. Também se pode fazer rotativamente.
Deve-se tomar nota apenas do que é decidido que envolva compromissos assumidos e legitimação de acções a serem empreendidas.
Pode-se indicar o nível de acordo da assembleia registando o número de votos em caso de não haver consenso.
As actas podem conter mais informação, como a ordem de trabalhos, as várias alternativas e argumentos apresentados, o nome daquelas que os defenderam, outras situações ou incidentes, etc.
As actas devem estar disponíveis a todos os membros do grupo.

2.4 Apresentação de propostas à assembleia
As propostas devem ser apresentadas dizendo o que se pretende, qual a finalidade e como se pode pôr em prática caso seja aceite, de forma a poder ser devidamente analisada pelos outros membros da assembleia.

2.5 Linguagem simbólica
Em assembleias maiores pode-se utilizar gestos para expressar os seguintes factores:
2.5.1 Aprovação: Mover as mãos abertas sobre os pulsos.
2.5.2 Desconformidade: Cruzar os antebraços formando um X sobre a cabeça.
2.5.3 “Já foi dito”, ”Estás a repetir”: Fazem-se girar as mãos sobre elas mesmas.
2.5.4 “Não se ouve bem”: Leva-se as mãos às orelhas ou move-se a mão para cima e para baixo para indicar que se aumente o volume da voz.

Nota: é recomendável informar a Assembleia desta linguagem logo no começo. Também se recomenda informar as assembleárias da conveniência de NÃO expressar os sinais de aprovação ou desconformidade até que a oradora actual acabe a sua intervenção para não a condicionar.

2.6 Sugestões para a expressão comum
Empregar uma linguagem positiva evitando enunciados que diminuam as possibilidades de prosseguir a discussão construtivamente. É uma forma de comunicação mais conciliadora que procura os pontos de união entre as interlocutoras. Exemplo: “Se não chegarmos rápido a um consenso tudo se vai perder” pode expressar-se como “É importante que cheguemos a consenso neste ponto ou podemos perder a força como grupo e isso não interessa a ninguém”.
Empregar uma linguagem inclusiva que não faça diferenças de género.

3. Problemas comuns
  • Perder horas num assunto
  • Formação de facções ou entrada nas assembleias de facções externas
  • Promoção de rivalidades pessoais e desconfiança dentro da assembleia
  • Votação apressada sem permitir verdadeiramente o debate
  • Dificuldade de circulação da informação
  • A assembleia é confundida com um convívio social
  • Falta de estatutos, metodologia, as funções dos órgãos não são claras
  • Falta de participação excepto quando há controvérsias
  • Confundir as assembleias com o OK Curral ("Aqui não há espaço para nós os dois. Se tens coragem aparece às 8 no cemitério para uma assembleia”)

Asambleas y reuniones, Metodologías de autoorganización, Ana Rosa Lorenzo Vila, Miguel Martinez López, Traficantes de Sueños, 2001
http://www.traficantes.net/index.php/editorial/catalogo/movimiento/asambleas_y_reuniones_metodologias_de_​autoorganizacion

Metodología Asambleas, 2008
http://stoneheads.wordpress.com/2008/01/30/met_asambleas/

Guía rápida para la dinamización de asambleas populares, 2011
http://stoneheads.wordpress.com/2008/01/30/met_asambleas/

terça-feira, 12 de julho de 2011

15.O Mobilização Internacional (em construção...)

Convocamos as pessoas a ocupar as praças públicas e a criar espaços de debate, reunião, reflexão e acção. É o nosso dever reclamar o espaço público e juntos construir o mundo em que queremos viver.

Mais info

Protesto,Alvorada Ribatejo!

Divulgando:

Protesto,Alvorada Ribatejo!

"Motivo da convocação
Por uma democracia activa por parte dos cidadãos habitantes do Ribatejo!
Alvorada Ribatejo!!

Manifesto
Tu que és descontente com a situação do nosso país, tu que és precário nas suas diversas formas desde do jovem ao velho, tu que vês os teus sonhos adiados, tu que queres ver mais produção nacional e anseias pela mudança onde se pratica uma verdadeira democracia justa e igual e livre para todos onde o individuo seja valorizado e esteja acima dos interesses financeiros de banqueiros e políticos. Por isso e muito mais vem manifestar todas as tuas indignações em Santarém!
Juntos fazemos a diferença! Vem fazer parte da mudança!
Vamos dizer basta! A este sistema que precisa de ser renovado através de um cidadão que participa de forma activa nas resoluções dos problemas do seu país!
Participa e divulga fazendo desta iniciativa nossa!:)

Estrutura do Protesto:
A Manifestação começará do jardim da liberdade, com paragem em frente ao Capitão de Abril Salgueiro Maia, voltando para atrás em direcção ao largo do seminário terminando no jardim da Republica dando lugar a uma assembleia popular.

Na Assembleia popular vai ser a oportunidade de cada um fazer ouvir a sua voz, dando lugar ao debate sobre os temas do manifesto que vai ser lido de inicio juntamente com a mensagem dos organizadores. Depois seguirá com intervenção dos movimentos convidados, movimento 12 de Março (M12M) Democracia verdadeira, já e precários Inflexíveis de forma de incentivar o debate abrindo assim a participação de todos os presentes.


Protesto elaborado por Carlos Eduardo Arraiolos e Tiago Arsénio Alves. Para mais informações contacta nos!:)"

domingo, 3 de julho de 2011

International Meeting - Real Democracy and Austerity Plans




Juntamo-nos a esta convocatória que recebemos para uma reunião internacional a decorrer na Lx Factory, em Lisboa, no próximo dia 10 de Julho às 14:30h.
Fica aqui o texto de enquadramento.


"A todxs os que desejem participar,

Companheirxs,

No passado dia 22 de Junho, fomos contactados no Grupo de Trabalho Inter(nacional) da Acampada do Rossio por companheiros islandeses (Gandri Skulason em nome da Iceland Association of Debtors e Gunnar Sigurdsson do The Open Civic Forum in Iceland) que se mostraram disponíveis e interessados em realizar uma reunião de trabalho em Lisboa com membros do(s) diversos movimento(s) protesto existentes em Portugal. Essas reuniões estão a ser realizadas já em diversos pontos da Europa.

O propósito deste pedido de reunião pode ser lido no email enviado e anexado a esta convocatória pelos colegas islandeses e sintetizado da seguinte forma:

“It is our wish to form some kind of collaboration with you to distribute and exchange information and thus making a foundation for a base, capable of bringing into action our mutual wishes of a transformed system.
We believe we can change the world one step at a time, and we believe we can make those steps a little bit bigger, by joining forces.”

Acrescente-se ainda que do ponto vista da articulação e mútuo conhecimento do trabalho, propostas e acções de todos os grupos de cidadãos e cidadãs indignados que se espalham por diversos movimentos esta seria uma oportunidade para realizarmos um balanço e uma plataforma comum de debate e discussão. Estão previstas ainda a participação de companheirxs gregos e espanhois que têm vindo a aderir a esta proposta. Não se trata de nenhuma comitiva representativa deste ou daquele movimento mas de companheirxs que estão a desenvolver trabalho semelhante ao do nosso grupo em diversos locais da Europa.

Vimos desta forma solicitar a todxs que se manifestem com máxima urgência possível sobre a relevância ou não desta reunião e sobre a anuência ou não da vossa participação na referida reunião, que se deverá realizar nas instalações da Ler Devagar na LX Factory em Lisboa pelas 14.30h do dia 10 de Julho.

Isto é só o início!"

sábado, 2 de julho de 2011

Apoio ao Povo Grego [Comunicado]

Apoio ao Povo Grego

Assembleia de manifestantes frente à Embaixada Grega, no dia 1 de Julho de 2011, pelas 19,00 horas.

Os presentes pretendem manifestar a sua solidariedade com o Povo Grego e protestar contra as medidas violentas utilizadas pelas forças policiais contra o povo desarmado em manifestação.

É conhecida a utilização de gases tóxicos e substâncias proibidas por tratados internacionais.

A luta do povo grego é também a do povo português contra a opressão.

Portugal e a Grécia enfrentam a mesma luta contra a escravização de largas camadas da população e a regressão dos direitos sociais, sendo vítimas das políticas erradas e das ditaduras financeiras, apanágio dos burocratas da EU.

De Portugal à Grécia a mesma luta.

Os manifestantes presentes.


Acção proposta: enviar este texto para: infogrecia@netcabo.pt

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Próximas actividades da #AcampadaCoimbra:

    "Na continuação das actividades que a #acampadacoimbra – Assembleia Popular tem desenvolvido na cidade de Coimbra, irá realizar-se um debate “O que é o Pacto do Euro”, no próximo dia 5 de Julho, terça-feira, pelas 21.00 horas, no Teatro da Cerca de S. Bernado (junto ao pátio da inquisição). Para o debate foram convidados e aceitaram participar: José Reis (ces/feuc), João Rodrigues (ces/feuc) e José Castro Caldas (ces/feuc).

    Foi ainda deliberado que a próxima Assembleia Popular irá ter lugar no próximo sábado, dia 2 de Julho, pelas 18.00 horas, no Parque Verde da cidade de Coimbra. A anteceder a realização da assembleia será realizado um pic-nic para o qual a população de Coimbra está desde já convidada para trazer farnel e a partilhar comida e ideias para a discussão que se seguirá."
 
 
Link do Evento (do Pic-nic Social) no Facebook: https://www.facebook.com/event.php?eid=211333202242733 
 

Encontro "Democracia Verdadeira, Já!" - 5 de Julho, 19h, Jardim do Príncipe Real, Lisboa

Encontro aberto para se debater a definição de áreas prioritárias de investigação, trabalho e acção (ou pontos mínimos consensuais), tendo em vista uma "Democracia Verdadeira", e consequente criação de grupos de trabalho, que qualquer pessoa poderá integrar.


Apelamos a todos, sem excepção, que intervenham e recuperem o que é seu: o direito a fazer ouvir a sua voz, a participar nos processos de reflexão e de decisão, construindo aquilo que só a mobilização e intervenção cívica em massa pode fazer. Não abdicaremos, não renunciaremos, não desistiremos. Temos tempo, não temos medo, e somos muitos... Juntos, temos mais força, e faremos ouvir a nossa voz sem restrições.

Até lá... "A RUA É NOSSA!"

http://15maio.blogspot.com


FACEBOOK: ENCONTRO "Democracia verdadeira, já!"

terça-feira, 28 de junho de 2011

Resumo do Encontro do Camões 26/06/2011

O grupo que decidiu reunir-se no Camões foi caracterizado como um grupo de pessoas participantes no movimento 15 M, que estiveram presentes na Acampada do Rossio, unidas por uma visão crítica sobre o modo como as assembleias populares se foram desenvolvendo. A ideia do grupo não foi fixar um grupo no Camões, mas sim poder reunir livremente em cada praça. Não tem por objectivo ser um movimento anti. O Manifesto do Rossio, segundo alguns intervenientes, contém um discurso afunilado, havendo a necessidade de trabalhar as questões levantadas pelo mesmo. Foi lançada e lida a proposta de um Manifesto do grupo do Camões, o qual será colocado online no blogue http://15maio.blogspot.com/ e aberto à discussão. Considerou-se que embora se sinta uma urgência em ir para a rua fazer acções, é importante fazer uma reflexão sobre o movimento e sobre as consequências que poderão recair sobre este, caso a passagem à acção se processe de forma irreflectida e não fundamentada, ou inconsequente.
Este grupo tem por objectivo encontrar questões que o conjunto considere fundamentais para serem debatidas, além de encontrar formas de organização em que as pessoas se revejam; o importante numa primeira fase não é trazer muitas pessoas ao movimento, mas encontrar um naipe de temas essenciais que as pessoas tenham interesse em debater em conjunto. Para tal haverá a necessidade de criar grupos de trabalho e de reflexão sobre diversos temas.
Foi apresentado por um dos intervenientes o actual quadro do modo de organização neo-liberal e das suas instituições: multinacionais, sistema financeiro e capital mafioso. O actual sistema partidário e sindical traduz-se em organizações mais cristalizadas do que opositoras a este sistema; a crescente militarização que segura o sistema económico neo-liberal opera não só através da NATO mas através das polícias, dos serviços secretos e das tropas. Os efeitos a nível social deste quadro são os ataques aos desempregados, aos reformados e aos trabalhadores cada vez mais em situação de precariedade, massa de gente incómoda para o sistema económico europeu que a deseja descartar. O défice funciona como um factor de culpabilização dos povos. A nível político e económico há um cenário de corrupção e o capital mafioso alastra a nível mundial. Face a este poderoso sistema mundial só uma lógica de rompimento é possível, o que implica que o movimento produza pensamento e acções consequentes. Quanto a este interveniente a unidade só será possível fora do quadro da lógica partidária. Para tal será preciso realizar estudo, análise, trabalho e acção prática nas ruas. Foram apresentados como exemplo prático dois assuntos da actualidade: a questão da privatização da água e os despedimentos dos estaleiros de Viana do Castelo.
Outro interveniente insistiu na necessidade de restaurar a independência nacional, o que só pode passar pela saída da UE, pelo regresso ao escudo e pela recolocação das fronteiras.
Foi referido que seria um erro se constantemente o movimento se dividisse em grupos. No entanto muitos afirmaram a sua insatisfação relativamente ao modo como se foi desenvolvendo a acção do Rossio, sendo consensual que as assembleias populares se foram esvaziando e que todos os grupos são necessários ao movimento.
Como factores de desunião foram referidos: discursos demasiado radicais ou numa linguagem não acessível às pessoas que se encontram fora do movimento; vacuidade de termos (por ex. Democracia); trocas de acusações pessoais resultantes de egos exacerbados; críticas divergentes mal aceites e incómodas; o desejo de acção imediata como obstáculo à reflexão/discussão dos assuntos.
Rejeitadas estas críticas por parte de elementos activos do Rossio, presentes neste encontro, foi referido que a natureza do Manifesto do Camões não acrescentava nada de muito significativo ao Manifesto do Rossio, que ainda se encontra em discussão no blogue da Acampada, quase sem novas propostas. Se houve quem defendesse ideias partidárias, quem o fez pôde verificar que perdeu com essa atitude. Concluiu-se que todos são necessários ao movimento que se gerou no Rossio e foi lançada a proposta de unir os manifestos, ambos ainda abertos a acolher propostas.
Houve quem defendesse que o movimento do Rossio não pode morrer e que os problemas se devem resolver no local onde existem, alegando-se de que no Rossio existe democracia suficiente para o fazer e doze grupos de trabalho já criados; mas houve também quem evocasse o apelo do próprio Manifesto do Rossio a que o movimento se deve expandir e multiplicar por mais praças e ruas, não havendo intenção de dividir mas antes de multiplicar. O Rossio foi reconhecido não como o pai da luta social, mas como iniciador em Portugal das Acampadas. Se o Rossio morrer essa luta já foi desencadeada e continuará. A acção política não surgiu apenas com estes movimentos; para muitos dos acampados ela já existia sob outras formas.
Outro obstáculo evocado foi a conjectura de décadas de deficiente exercício da democracia e do exercício da cidadania, a qual se tem centrado mais na forma do que no conteúdo. Os espanhóis que participaram na Acampada do Rossio apontam-nos não produzirmos objectivos. Não havendo uma verdadeira obrigatoriedade em cumprir prazos será preciso agilizar o trabalho dos grupos libertando-os de todos os protocolos. Existe dificuldade em ouvir e em saber integrar a diferença. Sendo o Rossio democrático tem que respeitar a divergência quando ela existe e a liberdade dos grupos se reunirem onde entenderem. Mas a falta de objectivos como alternativa poderá fragilizar e dividir o movimento do Rossio que já de si é frágil. No entanto a cisão não é desejável para muitos dos presentes no encontro do Camões, com o risco de fragilizar o movimento social. Houve a proposta de que cada grupo trabalhasse autonomamente mas no fim se juntassem as propostas. Há para quem o Rossio funcione como um movimento que foi surpreendido pela conjectura das Acampadas espanholas e foi o movimento mais agregador desde o 12 Março e o mais significativo desde há 30 anos.
Foram apontados alguns exemplos de falhas no modo de funcionamento do movimento do Rossio, como propostas que foram lançadas e nunca realizadas ou pouco apoiadas, o que conduziu a alguma desmobilização. O Rossio falhou no stress, na rapidez de querer aprovar coisas sem tempo para discussão prévia. Se as assembleias se foram reduzindo em participação é preciso que o movimento reflicta o porquê. O movimento quer-se abrangente e diversificado. A sensibilidade geral é que tem mais a ganhar com a unidade do que com a divisão. Torna-se necessário encontrar pontos de convergência e novas formas de participação. Foi lançada uma proposta de que se constitua um grupo para debater novas formas de participação e organização democrática. Torna-se necessário encontrar bases consensuais de fazer funcionar a democracia directa e a autonomia dos grupos. Houve a proposta de se optar pela realização de reuniões populares, com carácter mais horizontal em vez do modelo das assembleias.
Houve quem referisse o uso do um blogue partidário por elementos do movimento que afirmavam ser apartidários. Condicionar o movimento 15 de Maio aos programas político-partidários não é bem-vindo para muitos dos que estão desde o início no movimento, mas os militantes dos partidos são bem-vindos ao movimento, enquanto pessoas comuns, anónimas, em pleno exercício da sua cidadania, liberdades e direitos.
Foi lançada uma proposta pelo grupo internacional formado no Rossio de o movimento se reunir com dois islandeses que manifestaram essa vontade através do e-mail da Acampada. A reunião decorrerá a 10/11 de Julho em data a confirmar. O objectivo é encontrar plataformas de entendimento entre grupos e pessoas e divulgar esta reunião de forma a ser participada.
Foi dada a sugestão do movimento debater as medidas de austeridade que o governo vai anunciar esta semana, de forma a dar uma resposta concertada, unida e forte. No entanto não há necessariamente um vínculo com o Rossio na discussão de temas, sendo cada grupo livre de debater e propor os temas que desejar.
A fim de dar continuidade a este grupo e a este encontro, foi acertada a data para a discussão de um tema sob proposta. A data (a confirmar) é o dia 5 de Julho (terça-feira), pelas 19h, debate seguido de piquenique no Príncipe Real.
Este grupo procurará encontrar pontos mínimos comuns que justifiquem e propiciem a formação espontânea de grupos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ENCONTRO "Democracia verdadeira, já!": 26 de Junho, 17h, Largo do Camões

Apelamos a todos, sem excepção, que intervenham e recuperem o que é seu: o direito a fazer ouvir a sua voz, a participar nos processos de reflexão e de decisão, construindo aquilo que só a mobilização e intervenção cívica em massa pode fazer. Não abdicaremos, não renunciaremos, não desistiremos. Temos tempo, não temos medo e somos muitos... Juntos, temos mais força, e faremos ouvir a nossa voz       sem restrições.

Aguardem-nos, que estamos em movimento...
A Rua é Nossa!

ENCONTRO "Democracia verdadeira, já!":
26 de Junho, 17h, Largo do Camões


FACEBOOKENCONTRO "Democracia verdadeira, já!" 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Comunicado - 19 de Junho

Distribuído e lido na assembleia popular que se realizou no final da manifestação internacional do 19 de Junho.

«Como participantes activos na "Mobilização Internacional de 15 de Maio - Movimento Democracia Verdadeira Já!" não podemos deixar de nos expressar quanto ao rumo que alguns acontecimentos têm tomado:

Não reconhecemos a existência de cúpulas e chefias pela própria natureza deste movimento cívico e apartidário, o que se prende com a relevância que se pretende,  da intervenção cívica e não das dinâmicas de organização ou de promoção de rostos e vozes que nela se empenhem. Lembramos que a natureza da assembleia é que seja ela a dominar a estrutura e não que a estrutura domine a assembleia...

Frisamos que este é um movimento social transversal, um espaço onde se discute democraticamente e com abertura, todas as opiniões sobre democracia. A procura de alternativas à organização política, económica  e social vigente é um caminho de procura e descoberta, ou mesmo de criação, que nos  cabe a todos fazer, sem excepção. Este não é um movimento exclusivo dos que votam, ou à esquerda, ou à direita,  dos que não votam, dos que votam intermitentemente... este movimento é de todos e só com todos se conseguirá uma discussão empenhada de alternativas.

O movimento Democracia Verdadeira Já! continuará a lutar para escapar à tentativa de controlo de facções partidárias identificadas. Afirmamos que a força do movimento está nos que genuinamente não se vêem representados num sistema político de falsa democracia e pretendem um debate intelectualmente sério sobre o assunto; aproveitamentos partidários são indesejáveis para que o movimento cresça. Acreditamos que a voz crítica é uma forma de resistência e de enriquecimento colectivo para quem vê que a única alternativa possível é a mudança.

Apelamos a todos, sem excepção, que intervenham e recuperem o que é seu: o direito a fazer ouvir a sua voz, a participar nos processos de reflexão e de decisão, construindo aquilo que só a mobilização e intervenção cívica em massa pode fazer. Não abdicaremos, não renunciaremos, não desistiremos. Temos tempo, não temos medo e somos muitos...  Juntos, temos mais força, e faremos ouvir a nossa voz sem restrições.

Aguardem-nos, que estamos em movimento...
A Rua é Nossa!»


ENCONTRO "Democracia verdadeira, já!":
26 de Junho, 17h, Largo do Camões
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terça-feira, 21 de junho de 2011

O que aconteceu em Coimbra a 19 de Junho?

Não passou nas notícias, mas a #AcampadaCoimbra também se juntou aos protestos de 19 de Junho:



     "Houve uma concentração às 16h na Praça 8 de Maio, aproveitada para a construção de cartazes. Mais tarde seguiu-se em marcha pela baixa da cidade, da Praça à Portagem e daí ao Parque Verde, tornando à Praça 8 de Maio pelas 19h.     
 Pouco depois começou a Assembleia Popular, sobre a qual podem ler no seguinte post: http://acampadacoimbra.blogspot.com/2011/06/proxima-assembleia-popular-da.html e onde se aprovaram os seguintes pontos reivindicativos: http://acampadacoimbra.blogspot.com/2011/06/pontos-reivindicativos.html.
     De notar ainda que, durante a marcha, o manifesto da #acampadacoimbra foi lido: uma primeira vez junto aos baloiços do Parque Verde; lido partes dele junto ao Rock Café e na Portagem, e entre as esplanadas do Montanha e Briosa.
    A próxima Assembleia terá lugar hoje, 21 de Junho, às 19 horas, na praça do costume."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Convocatória para o Porto 19J

Evento no Facebook


"No próximo dia 19 de Junho, domingo, o movimento ‘Democracia Verdadeira Já’, [...] irá realizar uma manifestação, desta feita a nível Internacional. A concentração [no Porto] será na Praça da Ribeira (Cubo - Ribeira).

Esta manifestação pretende juntar todos(as) aqueles(as) que sentem a necessidade urgente de uma Democracia Verdadeira, centrada nos cidadãos(ãs) e afastada dos interesses económico-financeiros predatórios que actualmente reinam em todo o mundo, uma Democracia em que a participação dos cidadãos(ãs) na construção do futuro comum seja, não apenas possível, mas activamente estimulada.

Ao contrário do que muitos podem fazer crer, esta manifestação não é apenas contra o actual programa de austeridade e o acordo financeiro com a 'troika'. E também não é apenas uma manifestação contra este ou aquele governo,não! É muito mais do que isso. É contra o actual governo económico do mundo e uma luta por um futuro melhor. Aqui. E nos antípodas.

De facto, no dia 19 de Junho, um conjunto muito mais vasto de manifestações, debates, acampadas e vigílias decorrerão em simultâneo em mais de 800 cidades por todo o mundo. Em todas elas, tal como no Porto, centenas de cidadãos(ãs) sairão à rua exigindo que a sua voz seja ouvida e os seus direitos respeitados. Este é um protesto que junta todas as gerações e vários países! Não aceitamos a deterioração da Democracia e da nossa vida!

Porque reinventar a democracia e o mundo é urgente, vem connosco rumo a Gaia! Faz ouvir a T-U-A voz! Constrói um mundo melhor com as T-U-A-S mãos!


ASSEMBLEIAS POPULARES - Segundas, Quartas e Sábados na Avenida dos Aliados. 21,30h.

http://acampadaporto.wordpress.com/
acampadaporto@gmail.com"

A #acampadacoimbra junta-se ao protesto internacional (19J):







segunda-feira, 13 de junho de 2011

Solidariedade com as Assembleias Populares "Democracia Verdadeira Já!"

As organizações da sociedade civil portuguesa representadas neste comunicado expressam o seu repúdio veemente à acção policial do dia 4 de Junho, na praça do Rossio, contra os participantes na Assembleia Popular "Democracia Verdadeira Já".

Exprimem, ainda, profunda consternação com a demonstração da ignorância dos agentes policiais a respeito de direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, em particular o Direito de Reunião (nº 1 do artº 45º): "Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização." Tratou-se de um duplo atentado à ordem democrática e à integridade da comunidade de cidadãs e cidadãos.

Acresce, a tudo isto, a gravidade do dia da acção policial; no dia anterior ao exercício de um dos direitos cívicos conquistados com Abril, qualquer acção repressiva ganha uma dimensão simbólica adicional. O grupo profissional dos agentes policiais deve reflectir, em conjunto, acerca das razões que têm levado, nos últimos tempos, a uma escalada de violência que prenuncia novos e intensificados actos de violência.

Os acontecimentos de Setúbal, do Rossio e do Bairro 6 de Maio demonstram que é necessário repudiar toda a repressão policial, criticar as suas origens e é necessário questionar todas as instituições envolvidas na tomada de decisões que resulta em actos de violência e repressão policial, incluindo o Ministério da Administração Interna, as divisões relevantes da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana, além dos departamentos da Polícia Municipal. Embora os actos ocorridos a 4 de Junho se refiram à Polícia Municipal de Lisboa (cujos agentes pertencem aos quadros da PSP), este comunicado visa expressar um repúdio generalizado a todo e qualquer acto de repressão policial cujas razões não sejam justificáveis à luz do ordenamento jurídico relevante.

Assinalando a relevância dos objectivos destas Assembleias, em particular o de intervir efectivamente em todos os processos da vida política, social e económica, as organizações signatárias manifestam a sua total solidariedade com a referida Assembleia Popular.

As organizações/movimentos subscritores:
Associação Comunidária
Attac- Portugal
CMA-J, Colectivo de Solidariedade Mumia Abu-Jamal
Colectivo Revista Rubra
Comité de Solidariedade com a Palestina
FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes
GAIA
Marcha Mundial das Mulheres - Portugal
Movimento 12 de Março
Panteras Rosa - Frente de Combate à LesGayBiTransfobia
Portugal Uncut
projecto casaviva - porto
Solidariedade Imigrante - Associação para a defesa dos direitos dos imigrantes
SOS-Racismo
UMAR

Assembleia popular, Coimbra, 14 de Junho

"Assembleia aberta a tod@s @s trabalhador@s, estudantes, desempregad@s, reformad@s/aposentad@s, Pessoas comuns..."

Evento no Facebook

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um Povo que quer sonhar

Como participantes activos na "Mobilização Internacional de 15 de Maio - Movimento Democracia Verdadeira Já!" não podemos deixar de nos expressar quanto aos acontecimentos do último fim-de-semana:

--- os resultados eleitorais de 5 de Junho, vieram reforçar claramente a enorme descrença no sistema institucional existente e evidenciam a necessidade de alternativas que promovam a democracia e a melhoria das condições de vida em Portugal;

--- a carga policial e a subsequente detenção de três participantes na assembleia popular que aí decorria no dia 4 de Junho de 2011 na praça do Rossio, merece o nosso total repúdio.

Subscrevemos a descrição dos acontecimentos que é feita no comunicado do movimento [1], embora nos preocupe que se esteja a dar demasiada importância às relações com os media, em detrimento do esclarecimento e a mobilização das pessoas.

Não reconhecemos a ninguém dentro do movimento a qualidade de organizador tal como foi descrito numa notícia do jornal Público de 4 de Junho de 2011, em notícia sobre a carga policial [2]. Lembramos que a decisão consensual da inexistência de cúpulas e chefias se prende com a relevância que damos a acções que visem potenciar a intervenção cívica, em vez de dinâmicas de organização ou de promoção de rostos e vozes que nela se empenhem. No entanto, admitimos que tal nomeação de "organizador" corresponda a um lapso ou possa ter sido fruto de algum mal-entendido.

Frisamos que este é um movimento social transversal, um espaço onde se discutem democraticamente e com abertura, todas as opiniões sobre democracia. A procura de alternativas à organização política, económica e social vigente é um caminho de procura e descoberta, ou mesmo de criação, que nos cabe a todos fazer, sem excepção. Este não é um movimento exclusivo dos que votam, ou à esquerda, ou à direita, dos que não votam, ou dos que votam intermitentemente... este movimento é de tod@s, pois só com tod@s se conseguirá uma discussão empenhada e producente de alternativas.

O movimento Democracia Verdadeira Já! continuará a lutar para escapar à tentativa de controlo de facções partidárias identificadas. Afirmamos que a força do movimento está nos que genuinamente não se vêm representados num sistema político de falsa democracia e pretendem um debate intelectualmente sério sobre o assunto; aproveitamentos partidários são indesejáveis para que o movimento cresça. Acreditamos que a voz crítica é uma forma de resistência e de enriquecimento colectivo para quem vê que a única alternativa possível é a mudança.
Apelamos a todos, sem excepção, que intervenham e recuperem o que é seu: o direito a fazer ouvir a sua voz, a participar nos processos de reflexão e de decisão, construindo aquilo que só a mobilização e intervenção cívica em massa pode fazer. Não abdicaremos, não renunciaremos, não desistiremos. Temos tempo, não temos medo e somos muitos... Juntos, temos mais força, e faremos ouvir a nossa voz sem restrições.

Aguardem-nos, que estamos em movimento...
Até Já!

15 de Maio - A Rua é Nossa! - Democracia Verdadeira, Já!

quinze.maio@gmail.com
https://twitter.com/#!/15maio

[1] http://acampadalisboa.wordpress.com/2011/06/04/comunicado-de-imprensa-violencia-policial-no-rossio/

[2] http://www.publico.pt/Sociedade/tres-jovens-que-participavam-em-referendo-popular-detidos-no-rossio_1497497



 

sábado, 7 de maio de 2011

Queremos uma mudança e um futuro digno!

Os estudantes, os estagiários, os trabalhadores, os desempregados, os mal remunerados, os subcontratados, os precários, os intermitentes, os reformados, os pensionistas... enfim, todos nós estamos fartos de reformas anti-sociais que nos deixam desempregados, cansados dos bancos que provocaram a crise nos subam as hipotecas ou fiquem com as nossas casas, indignados por nos imporem leis que limitam a nossa liberdade em benefício dos poderosos. Responsabilizamos os poderes políticos e económicos pela nossa situação precária e exigimos uma mudança de rumo.
Reiteramos que não pactuaremos com actos e atitudes de violência, xenofobia, preconceito e/ou racismo. Não nos identificamos com tais actos e atitudes e faremos todos os esforços para que este seja um protesto criativo, pacífico, e impossível de ignorar. Convidamos todos os que se sentem ultrajados pela situação actual, todos os que pensam que podemos mudar, todos os que acreditam que podem contribuir para a mudança, a juntarem-se a nós. A mudança está nas nossas mãos, nas nossas vozes, nas nossas acções. A 15 de Maio, A Rua é Nossa... Juntos, temos mais Força. Convocamos todos a sair à rua no dia 15 de Maio pela 16h, sob o lema

"Democracia Verdadeira, Já!
Não somos mercadoria nas mãos de políticos e banqueiros!".

A RUA É NOSSA!